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Quando feriado era dia de fita de videogame e maratona até o último chefe

Uma geração inteira cresceu em frente à TV de tubo, com controles na mão e fins de semana prolongados transformados em verdadeiras jornadas por mundos pixelados e inesquecíveis.

Antes da era digital engolir a simplicidade das pequenas alegrias, havia um ritual sagrado entre muitos jovens dos anos 80, 90 e início dos 2000: passar na locadora na sexta-feira e garantir a fita de videogame para o feriado prolongado. Não era só sobre jogar — era sobre viver uma experiência.

As locadoras, com seus corredores estreitos e prateleiras abarrotadas de cartuchos coloridos, eram uma espécie de templo para os apaixonados por games. A expectativa começava na escolha da fita: cada capa, com sua arte vibrante, prometia uma aventura única. Encontrar aquele jogo que você sonhava durante a semana era como descobrir um tesouro escondido.

Com a fita em mãos, começava a verdadeira missão: aproveitar cada segundo do fim de semana como se fosse o último. O prazo generoso — da sexta à segunda — permitia mergulhar nos mundos de Zelda, Sonic, Donkey Kong, Street Fighter ou Final Fantasy, sem interrupções. Jogava-se até tarde da noite, muitas vezes no chão da sala, cercado de amigos, irmãos ou primos, revezando o controle e comentando cada fase como se fosse um jogo da Copa.

Não havia internet para pedir ajuda nem tutoriais no YouTube. O aprendizado vinha na tentativa e erro, na troca de dicas no recreio da escola ou na sorte de alguém ter decorado um código secreto. Era tudo mais difícil — e justamente por isso, mais saboroso.

Hoje, para os adultos que viveram essa era, essas memórias voltam com força. Elas carregam a leveza de um tempo sem pressa, onde a felicidade estava em um cartucho de 16 bits, em uma tela com imagem “chuviscada”, e em momentos simples que se tornaram eternos.

Mais do que nostalgia, essas lembranças revelam um estilo de vida que muita gente ainda carrega no coração: o de valorizar o simples, o concreto, o que se viveu de verdade.

Takão Engenharia

 

Um Comentário

  1. Boas lembranças, não só a fitas do super Nintendo, mas a época do alugueis do CDs do Playstation. Nas locadoras você podia fazer amigos, conversar cara a cara. Depois além de jogar vídeo game, saímos para jogar bola o e outras brincadeiras. Hoje não se vê mais crianças nas praças, brincando de bola e nem conversam mais.

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