
A partir de maio de 2025, todas as empresas no Brasil deverão, por lei, garantir ações voltadas à saúde mental de seus colaboradores.
A mudança, que acompanha dados preocupantes da Organização Mundial da Saúde (OMS), surge como resposta à crescente crise emocional entre trabalhadores brasileiros — o país ocupa o 1º lugar em casos de ansiedade e o 4º em depressão no mundo.

A nova obrigatoriedade representa um passo importante, mas especialistas alertam: apenas seguir regras não resolve o problema. Um ambiente emocionalmente saudável vai além do cumprimento legal — ele exige ação estratégica, empatia e transformação da cultura organizacional.
“O estresse e os conflitos do trabalho não ficam no escritório. Eles invadem a vida pessoal, afetam relacionamentos e corroem a autoestima dos funcionários”, afirma o psicólogo organizacional Rodolfo Krasovesky.
Empresários e líderes conscientes já perceberam que investir em bem-estar não é só responsabilidade social, mas também inteligência de gestão. Equipes emocionalmente equilibradas produzem mais, se engajam melhor e permanecem nas empresas por mais tempo.
A construção de ambientes saudáveis começa com escuta ativa, políticas humanizadas e conhecimento sobre comportamento humano.
Não se trata apenas de ter um psicólogo disponível ou fazer palestras esporádicas, mas de entender o impacto real das relações e do clima organizacional sobre a saúde mental.
Com a lei prestes a entrar em vigor, uma pergunta se impõe: sua empresa está preparada para cuidar da saúde emocional dos seus colaboradores — ou só vai cumprir a norma no papel.