A promessa de levar picanha à mesa do brasileiro parece distante da realidade, com os preços da carne bovina subindo muito acima da inflação.
Em todo o país, os cortes populares, especialmente a picanha, enfrentaram aumento médio de 43,4%, enquanto outros tipos de carne também registraram alta significativa.
Esse cenário eleva os preços ao maior patamar dos últimos quatro anos, tornando a proteína ainda menos acessível para milhões de brasileiros.
O aumento da demanda externa é uma das principais causas do encarecimento.
Com as exportações aquecidas, o preço do boi gordo tem seguido uma tendência de alta, que deve se intensificar nas próximas semanas, segundo especialistas.
A situação é agravada por recordes nas queimadas, que afetam áreas de pastagem e pressionam o custo de produção no setor pecuário.
O impacto dessa combinação se reflete diretamente no bolso dos consumidores, que precisam buscar alternativas mais econômicas, como carne de frango e vegetais, para substituir a carne bovina na dieta diária.
A inflação de alimentos já afeta as famílias mais vulneráveis, que veem a picanha, símbolo de uma alimentação farta e festiva, sendo trocada por itens mais baratos, como abóbora e ovos, para driblar os preços altos e manter o orçamento equilibrado.
Em meio a esse cenário, o aumento da picanha parece mais uma promessa que se desfez diante dos obstáculos do mercado e das políticas de exportação, deixando o consumidor com opções limitadas para um prato mais econômico e saudável.