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Economia

Café em alta: preços disparam com medo de quebra na safra 2025

Mercado reage a oferta apertada e incertezas climáticas, enquanto produtores avaliam estoques baixos e esperam chuvas decisivas para o início do próximo ano.

Os preços do café estão fervendo no mercado internacional. Nesta segunda-feira (16), o grão, que é símbolo da economia e da cultura brasileira, disparou com altas superiores a 2%.

O motivo? A sombra de uma quebra significativa na safra de 2025, alimentada por problemas climáticos que já vêm tirando o sono de produtores e investidores.

O arábica, protagonista do mercado, registrou valorização expressiva: o contrato de dezembro/24 avançou 740 pontos, sendo negociado a 328,25 cents/lbp.

Outras altas acompanharam o movimento, com o contrato de março/25 subindo 825 pontos, enquanto maio/25 e julho/25 ganharam 790 e 720 pontos, respectivamente.

Já o robusta, conhecido por sua resistência, não ficou atrás. O contrato de janeiro/25 alcançou US$ 5.229 por tonelada, com os contratos seguintes também marcando aumento.

Segundo o Escritório Carvalhaes, já é consenso que a próxima safra será uma das mais desafiadoras dos últimos anos.

Os problemas climáticos seguidos prejudicaram muito a produção, e só teremos números confiáveis em março de 2025, no final do verão.

A expectativa é de uma produção bem abaixo da registrada em 2024, o que deve manter o mercado sob forte volatilidade.

O relatório da Pine Agronegócios trouxe um alerta ainda mais direto: os estoques disponíveis estão críticos.

Apenas entre 15% e 20% da safra total brasileira ainda estão à disposição para venda, e a oferta só deve melhorar a partir de janeiro.

Apesar disso, há uma notícia positiva para quem vive do café: as chuvas previstas para fevereiro devem ficar dentro da média, condição ideal para o enchimento dos grãos nas fases iniciais de granação.

Enquanto isso, o mercado internacional segue em compasso de espera, monitorando cada mudança no clima e na oferta.

Produtores e investidores sabem que os próximos meses serão decisivos, tanto para a qualidade do grão quanto para o bolso de quem vive do café.

Em Nova Iorque e Londres, onde as negociações são intensas, as oscilações devem continuar fortes, refletindo a incerteza de um setor essencial para o Brasile o mundo.

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