Em Patrocínio, as contratações temporárias de servidores públicos têm aumentado de forma preocupante.
Segundo o Tribunal de Contas de Minas Gerais, os gastos subiram de R$ 105,5 milhões em 2017 para R$ 189,4 milhões em 2023, praticante uma elevação com gastos com servidores em R$ 85 milhões no período e aumento ainda maior e injustificável no tempo da pandemia do Covid-19.
O que deveria ser uma exceção para casos urgentes virou rotina e em ano eleitoral, as contratações desde o início de 2024 foram imensas, especialmente na educação.
A Constituição Federal permite essas contratações apenas em situações de interesse público excepcional.
No entanto, esse recurso está sendo usado de forma exagerada, levantando dúvidas sobre a gestão local.
Isso não só desrespeita a lei, mas também favorece amigos políticos, dificultando a entrada de novos profissionais de carreira no serviço público.
Além disso, a qualidade dos serviços prestados à população fica comprometida.
Servidores contratados sem concurso não têm a estabilidade necessária para trabalhar de maneira independente e eficaz.
A prática também prejudica candidatos aprovados em concursos, cujas vagas acabam sendo ocupadas por temporários.
Mesmo em um Estado Democrático de Direito, a insistência em ignorar os princípios constitucionais por meio de leis locais facilita essas contratações e prejudica a igualdade de oportunidades no acesso a cargos públicos.
É urgente revisar essas práticas administrativas para garantir transparência e legalidade na gestão pública de Patrocínio para acabar com o clientelismo, especialmente em ano eleitoral.