Política

TCU expõe irregularidades no Ministério da Cultura e abre caminho para investigações

Relatórios apontam uso questionável de recursos, suspeitas de favorecimento político e falta de transparência; documentos revelados por ex-conselheiro geram comparações com o WikiLeaks e ampliam pressão sobre o governo

O Tribunal de Contas da União (TCU) escancarou uma série de irregularidades no Ministério da Cultura, levantando questionamentos sobre a gestão de recursos públicos e possíveis favorecimentos políticos.

A auditoria revelou falhas graves na distribuição de verbas, falta de transparência em projetos financiados e suspeitas de direcionamento de recursos para aliados do governo.

A denúncia ganhou força após o ex-conselheiro do Conselho Nacional de Políticas Culturais, Manoel José de Souza Neto, divulgar documentos internos que, segundo ele, funcionam como um “WikiLeaks da Cultura”.

Os arquivos expõem fragilidades na fiscalização e indicam que o programa de Comitês Culturais teria sido utilizado para beneficiar candidatos nas eleições de 2024.

O impacto da revelação levou o senador Rogério Marinho (PL-RN) a acionar o TCU e a Procuradoria-Geral da República (PGR), exigindo investigações sobre o possível desvio de recursos.

Parlamentares da oposição pressionam pela convocação da ministra Margareth Menezes para esclarecer as denúncias no Congresso.

Diante das acusações, o Ministério da Cultura anunciou a suspensão temporária do Programa Nacional de Comitês de Cultura (PNCC) e negou qualquer irregularidade.

A pasta afirmou que colaborará com as investigações e defendeu a legalidade dos repasses.

Enquanto isso, a repercussão do caso cresce, com especialistas apontando a necessidade de maior controle sobre o uso de recursos públicos no setor cultural.

O TCU segue aprofundando a apuração, e novas revelações podem intensificar a crise dentro do governo.

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