
A lógica é simples: se tá caro, não compra. O brasileiro que lute. Se o gás subir, faz fogo de lenha. Se a gasolina disparar, anda a pé. E se o mercado estiver impossível, jejum intermitente — tendência mundial, irmão.
O Brasil, que já foi do futuro, agora está na era da consciência financeira involuntária. É um projeto inovador: a inflação sobe, o salário fica, e o prato some. Mas calma, não precisa reclamar.
Segundo o líder supremo de nove dedos, tudo tem solução.
Você só precisa aprender a cozinhar um belo ensopado de vento, com acompanhamento de arroz imaginário e suco de cloro de torneira.
Mas veja pelo lado positivo:
1. O governo prometeu que o pobre ia comer picanha. Não mentiu. Só não disse quem ia comer a picanha e quando.
2. O jejum é ótimo para a saúde. Espiritualiza, emagrece e, de quebra, resolve o problema da obesidade infantil.
3. As filas nos mercados vão sumir. Afinal, ninguém tem dinheiro pra comprar nada mesmo.
Enquanto isso, o pessoal lá em Brasília segue firme no Filé Mignon Zero e no Caviar Pra Todos, afinal, governar dá fome.
E o brasileiro, que já sobreviveu a ovo recomendado por Lula, a mandioca empurrada até o talo por Dilma e à promessa de churrasco que nunca chegou, agora encara um novo desafio: viver de esperança e promessas requentadas.
A verdade é que o PT descobriu a fórmula do sucesso: quanto mais pobre, mais voto. Afinal, barriga vazia não pensa, só aperta 13 no desespero.
Mas calma, camarada! Daqui a pouco alguém aparece com uma nova solução: tira a picanha e bota um tablet.
Porque, se não tem comida na mesa, pelo menos dá pra assistir um vídeo motivacional sobre resiliência na fome.