
Pedro Rousseff, o vereador de Belo Horizonte que ganhou fama não só pelo sobrenome, mas também pela sua (discreta) atuação política, parece ter dado um passo mais ousado do que qualquer um poderia imaginar.
Em um movimento inesperado, o “dilmo” (sim, este é o apelido carinhoso que ele ostenta, não por mérito próprio, mas por ser sobrinho da ex-presidente que, entre outras coisas, nos ensinou que é possível estocar vento e ainda assim sair em pé nas eleições) resolveu estender seus tentáculos legislativos para um território que, ao que parece, ele acreditava ser parte de sua jurisdição política: Patrocínio, município distante de Belo Horizonte.
O cenário é inusitado. Pedro Rousseff, um vereador da capital mineira, decidiu atuar sobre um terreno da antiga CASEMG, hoje pertencente à Prefeitura de Patrocínio, sem nem mesmo um mapa de Minas Gerais para consultar. Ou será que ele pensou que a Câmara Municipal de Belo Horizonte ficava em Patrocínio? Quem sabe ele tenha confundido a capital com a cidade do interior, ou tenha simplesmente achado que, no fundo, o município de Patrocínio era uma extensão natural de sua área de atuação. Afinal, o mundo político não tem fronteiras, certo?
Como se não bastasse a confusão de localização, Pedro Rousseff ainda tem uma solução criativa para o terreno. Em vez de criar o prometido Parque Tecnológico, sonho que sempre foi acalentado pelos inovadores de plantão, o vereador agora quer transformar o local em unidades do programa Minha Casa Minha Vida. Não é que a ideia seja ruim – mas da proposta de inovação tecnológica para um espaço de moradia popular, a transição é tão drástica quanto a mudança de um projeto arquitetônico para o cenário de um condomínio qualquer.
Mas a cereja do bolo não poderia faltar. Em entrevista recente, Rousseff revelou sua verdadeira vocação: não ser apenas um mero vereador de BH, mas o grande solucionador dos problemas de Minas Gerais. Na mente visionária do sobrinho da Tia Dilma, os problemas da capital podem muito bem ser resolvidos depois. Afinal, Patrocínio está precisando de atenção, não é? E quem mais do que ele, com seu faro político apurado, poderia salvar o interior?
Quem sabe, no futuro, a campanha de 2026 já esteja começando. “Por que se contentar em ser vereador de Belo Horizonte quando se pode ser deputado de qualquer município?” deve ser o mantra de Pedro Rousseff. E quem pagará os custos disso tudo? Quem mais, senão os eleitores que, quem sabe, terão a chance de viver sua própria epopeia política nos próximos anos.
Enquanto isso, fica a pergunta: será que, em sua jornada para se tornar um grande líder mineiro, Pedro Rousseff vai finalmente perceber que a política tem, sim, limites geográficos? Ou ele continuará achando que pode transformar qualquer terreno – mesmo que fora de sua competência – em mais um degrau para a carreira política da família Rousseff? Como diz o ditado: em política, tudo é possível, até mesmo a confusão de coordenadas.
Se conseguir o terreno por que não, será só porque ele não compartilha da sua ideologia jornalista, importante é trazer casas para patrocínio, já foi no manoel nunes? Quanto tempo aqui nessa terra de coroneis não tem a construção de casas populares, aluguel caro, custo de vida caro. Patrocínio está igual a Uberlandia, mas sem empresas e indústrias. Até agora é so agronegócio, são 182 anos de ostracismo. Não importa o partido se trouxer ou conseguir terrenos para fazer as casas são bem vindos.