O Tabelionato de Uberlândia, por meio de investigações conduzidas pelo GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Uberlândia e pela Procuradoria de Crimes contra Prefeitos, confirmou a falsificação de uma procuração utilizada para a compra de lotes na Avenida General Astolfo, onde estão localizados oito galpões ligados à família do atual prefeito de Patrocínio.
Em depoimento ao Procurador de Justiça, Dr. Cristovam Joaquim F. Ramos Filho, o ex-proprietário dos terrenos, Sr. Danilo Santos, afirmou ter sido pressionado pelo corretor Marcelino a vender as propriedades por um valor muito abaixo do mercado.
Danilo relatou também que assinou documentos em 2022, incluindo uma procuração falsificada, com data retroativa a 2006, que concedia a ele poderes para vender os lotes.
Segundo o depoente, a procuração não foi produzida por ele e houve pressão psicológica para que fechasse o negócio.
A denúncia foi inicialmente apresentada por Juliano Quirino, e, até o momento, o prefeito tem dado várias justificativas para adiar seu depoimento na Procuradoria de Justiça, onde é investigado por suspeição de diversos crimes de corrupção.
Em uma videoconferência, o Procurador Cristóvam Ramos questionou Hélio Camilo Marra, irmão do prefeito, sobre o conhecimento a respeito da falsidade da procuração.
Vale lembrar que o prefeito já respondeu a processo por falsificação de documentos em cartório, em um caso denunciado por sua ex-assessora, na época em que era deputado estadual.
Alguns documentos no processo e que estão disponíveis em dezenas de páginas: