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Alvenaria da UBS Matinha: R$ 1 milhão por uma obra inacabada?

Obras milionárias, inacabadas e com suspeitas de superfaturamento revelam o desprezo pela população e a falta de compromisso com o desenvolvimento de Patrocínio, uma cidade estagnada no passado

Ao se deparar com a placa informativa da Unidade Básica de Saúde (UBS) Matinha, com o expressivo valor de quase R$ 1 milhão de reais para a simples alvenaria, não tem como não ficar espantado.

Afinal, estamos falando de alvenaria, algo que, com o mesmo valor, daria para levantar diversas casas populares completas.

Mas, aparentemente, em Patrocínio, o custo das coisas segue uma lógica diferente.

É curioso como uma obra modesta consegue engolir um valor tão alto.

Exorbitante, para ser mais exato.

O tamanho da construção não justifica, nem de longe, essa cifra astronômica.

E o mais intrigante: a obra está inacabada e abandonada há meses.

Talvez o executivo esteja aguardando algum milagre financeiro para retomar as obras.

Ou, quem sabe, já planejou deixar a conta para o próximo gestor pagar em 2025, quando, finalmente, alguém terá que dar uma explicação para o fiado eleitoreiro.

Fica difícil não levantar suspeitas de superfaturamento, ainda mais quando se vê esse padrão repetido em tantas outras obras pela cidade.

O “modus operandi” é sempre o mesmo: começam com grande alarde, param repentinamente e deixam uma dívida para o futuro.

Enquanto isso, nos bastidores, parece haver um jogo de cartas marcadas com comerciantes locais: casas de materiais de construção, fábricas de blocos, lojas de ar condicionado, de pneus, britadeiras, postos de gasolina.

Todos, aparentemente, muito felizes com os lucros.

Ah, e que não se esqueça de mencionar o pastor-candidato, aquele que distribui cestas básicas com uma generosidade digna de estudo antropológico.

O Portilho.Online tem algumas histórias para contar sobre isso.

Mas em Patrocínio, a moralidade parece andar de mãos dadas com as conveniências.

A verdade é que nossa cidade parece viver em uma realidade paralela, onde o século XXI ainda não chegou.

É uma administração com ares de século XVIII, quando poucos privilegiados decidiam tudo, e o povo era tratado como mero espectador.

Enquanto cidades vizinhas prosperam, Patrocínio segue parada no tempo.

Aqui, indústrias não vêm, bairros são esquecidos e as tão prometidas moradias populares… bem, essas parecem existir apenas nos discursos.

Se o povo não acordar e mudar, vai ser difícil escapar de uma nova era de trevas.

Afinal, quem precisa de futuro quando se pode continuar vivendo no passado?

 

 

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