Política

Quando os fins justificam os meios? Uma reflexão crítica sobre a política

Todo sistema se defende quando alguém tenta consertá-lo

Na história política, a máxima maquiavélica de que “os fins justificam os meios” tem sido um lema prático, ainda que velado, de muitos governantes e candidatos ao longo das décadas.

Mas até onde essa lógica pode ser aceita sem corromper os princípios democráticos?

O cinema frequentemente traduz essa realidade com crítica e humor. Em muitas obras, a hipocrisia da classe política é escancarada por meio de personagens que, ao dizerem a verdade sem filtros, expõem o fisiologismo, os conchavos e o uso indiscriminado de mentiras para se eleger.

Essas histórias refletem o sentimento do eleitorado que, de tempos em tempos, se vê enganado por promessas vazias e por estratégias eleitorais pautadas na manipulação da opinião pública.

Em contrapartida, outras narrativas revelam a faceta mais brutal da política, na qual o discurso da “ordem e progresso” é usado para justificar a violência institucionalizada.

Personagens que personificam esse dilema frequentemente se veem em situações onde meios extremos são utilizados sob o pretexto de garantir a estabilidade social.

Essas histórias expõem como, muitas vezes, a guerra contra o crime ou contra adversários políticos é travada com métodos que violam direitos humanos, legitimando o autoritarismo sob a justificativa de proteger a sociedade.

A pergunta central persiste: até quando a sociedade aceitará que políticos e autoridades passem por cima de princípios éticos em nome de objetivos supostamente nobres?

A história mostra que esse tipo de mentalidade leva a ciclos de corrupção e autoritarismo.

A democracia só se sustenta quando meios e fins caminham juntos dentro dos valores republicanos.

Claro que, vez ou outra, surgem figuras bem-intencionadas, honestas, dispostas a enfrentar o sistema e fazer diferente.

Mas nem tudo são flores: o entorno dessas pessoas costuma ser tão limitado, ineficiente ou mesmo hostil que acaba atrapalhando mais do que ajudando.

Há de tudo: do assessor despreparado ao velho coronel que acha que ainda está nos anos 60 e que em seus discursos voltam ao passado com o famoso “na época minha era assim” e começa a contar histórias sem fim que dá sono em coruja.

E até mesmo a mocinha mal-humorada de gabinete, que trata todo mundo mal e sofre da temida síndrome de autoridade, como se grosseria fosse sinônimo de competência.

No fim das contas, a engrenagem é emperrada por dentro antes mesmo de enfrentar os desafios de fora.

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