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Política

Prefeitura encerra mandato com ‘pacote de bondades’ tardio para concursados

Gestão “paga de boa moça” ao nomear poucos concursados no fim do mandato, enquanto maioria das vagas segue ocupada por indicados de vereadores e aliados do executivo

No apagar das luzes do atual mandato, a Prefeitura de Patrocínio anunciou a nomeação de alguns candidatos aprovados no concurso público de 2022, como se fosse um presente de despedida para a população.

Entretanto, essa “boa ação” mais parece uma tentativa tardia de limpar a imagem da administração, depois de um período marcado pelo favoritismo político e pelos chamados “cabides de emprego”.

Em vez de cumprir o esperado e nomear todos os aprovados, como prometido aos candidatos e à população, o governo preferiu, ao longo do mandato, preencher cargos com aliados políticos e indicações de vereadores, deixando os aprovados em um limbo burocrático.

Agora, ao nomear apenas alguns candidatos, a administração dá sinais de que a prioridade nunca foi a valorização do mérito e do compromisso com o serviço público.

Pelo contrário, essa portaria pontual, publicada no final do mandato, surge mais como uma ação estratégica para maquiar uma gestão marcada por indicações políticas e acordos de bastidores do que uma genuína preocupação com o futuro dos aprovados ou o atendimento às demandas da população.

Enquanto a maioria dos candidatos aprovados continua na espera, assistindo seus cargos serem ocupados por apadrinhados de vereadores e aliados do executivo, o governo tenta, com nomeações mínimas e de última hora, transmitir uma imagem de preocupação e compromisso.

No entanto, a população, já familiarizada com a prática de ocupar a máquina pública para barganhas políticas, percebe que esse “pacote de bondades” chega tarde demais e com abrangência insuficiente.

Aqueles que aguardam ansiosamente pela posse ainda se perguntam: por que não foram nomeados antes?

A resposta parece óbvia para muitos: em tempos de campanha eleitoral, o “compromisso” se dá apenas na medida do interesse político.

E assim, o governo encerra sua gestão com a promessa vazia de que um dia o mérito voltará a prevalecer – mas apenas quando não houver cargos a serem trocados por favores.

 

 

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2 Comentários

  1. Gestão tem que nomear mesmo e também não tem tanta vaga lá não na administração, o errado é não fazer outro concurso para educação com cerca de 1200 contratados, ficam usando a educação e a obras como gabite de emprego, o ipsem tem gente que nem fez concurso ganhando uma bolada. Espero que o prefeito Gustavo tenha sabedoria para fazer outro concurso e que mande os comissionados aposentados para casa, tem gente ali que já ate aposentado há 4 anos e mesmo assim continua mamando. Me pergunto será que do quadro de efetivos não tem ninguém que possa substituir ou será é que por que não passa o serviço para outros para continuar

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