
A realidade do mercado cafeeiro brasileiro se torna cada vez mais desafiadora, e a alta dos preços do café não dá sinais de desaceleração.
Com a pressão das bolsas internacionais e o cenário climático instável, a indústria cafeeira deverá repassar um reajuste de 20 a 25% ao varejo nos próximos 60 dias, o que impactará diretamente o bolso do consumidor.
Na quarta-feira (12), o preço do café arábica disparou nas bolsas internacionais, com um aumento de 1.835 pontos, atingindo 431,80 cents/lbp no contrato de março/25. Os contratos de maio/25, julho/25 e setembro/25 também apresentaram aumentos significativos.
O robusta, por sua vez, não ficou atrás, com altas que chegaram a US$ 164 por tonelada.
No mercado interno, os preços também refletem essa escalada. O Café Arábica Tipo 6, por exemplo, registrou aumento de 2,54% em Franca/SP, enquanto o Cereja Descascado teve alta de 3,64% em Poços de Caldas/MG.
Esses aumentos, somados à inflação e a expectativas de menos chuvas para as próximas safras, indicam que o café, um dos produtos mais consumidos e tradicionais do Brasil, deve pesar ainda mais no orçamento dos brasileiros nos próximos meses.
Esse cenário, com o “ouro verde” nacional mais caro, coloca o café em um papel central nas discussões sobre o impacto da alta dos preços em diversos setores e na vida do consumidor comum.