Em outubro, o preço médio da carne de frango subiu pelo terceiro mês consecutivo, um aumento impulsionado pela forte demanda por essa proteína, que se tornou mais acessível frente à carne bovina, ainda com preços elevados.
Essa alta, observada em todas as regiões do Brasil, reflete um cenário em que a população, cada vez mais apertada, tem buscado alternativas mais baratas para garantir uma alimentação básica.
No entanto, o que poderia ser visto como uma opção de economia, tem, na verdade, se transformado em um reflexo da falta de políticas públicas eficazes para controlar os preços e o poder de compra do cidadão.
A situação é ainda mais grave quando olhamos para a carne bovina, que enfrenta um aumento vertiginoso no preço da arroba, especialmente em regiões de produção intensiva.
O aumento nos custos de produção, como o preço dos insumos e da alimentação do gado, somado à alta demanda interna e externa, pressiona ainda mais o bolso do consumidor.
Infelizmente, o governo federal tem se mostrado omisso diante desse cenário. Em vez de implementar ações que possam minimizar os efeitos dessa disparada de preços, como a revisão de políticas agrícolas ou a criação de subsídios para a produção e comercialização de alimentos essenciais, o que vemos é uma total falta de planejamento e compromisso com as necessidades da população.
Essa crise na alimentação reflete a falta de controle sobre a cadeia produtiva e a negligência em relação ao impacto direto nos brasileiros, que já enfrentam dificuldades financeiras.
As altas nos preços das carnes, sejam elas de frango ou bovina, mostram que, enquanto o povo sofre, o governo continua alheio às suas necessidades.