A decisão do prefeito Deiró Moreira Marra de delegar poderes a secretários e à servidora Ana Luiza Prates, faltando apenas 26 dias para o término de seu mandato, tem gerado uma série de questionamentos na cidade.
O Decreto nº 4.460, publicado no final de novembro, autoriza os envolvidos a assinarem empenhos, ordens de pagamento, licitações e a movimentar contas bancárias municipais, o que levanta uma dúvida: por que, exatamente agora?
Uma razão plausível para essa decisão pode ser a necessidade de garantir que os últimos dias de governo não sejam marcados por atrasos ou burocracias que possam prejudicar a população.
Delegar essas responsabilidades poderia ser uma tentativa de dar maior celeridade aos processos administrativos e financeiros até o último dia de gestão.
Isso poderia facilitar a transição e evitar que, com o fim do governo, a cidade sofra com qualquer interrupção de serviços essenciais.
Por outro lado, é natural que a população se pergunte se essa medida é realmente necessária ou se há um outro propósito por trás dessa ação.
A poucos dias de encerrar um ciclo, a transparência e a confiança são fundamentais para evitar especulações sobre o uso indevido de recursos.
O risco de decisões apressadas, sem a devida fiscalização, pode gerar incertezas sobre o que está sendo feito com o dinheiro público.
Nesse momento delicado, é importante que o município mantenha o compromisso com a transparência e que a sociedade tenha acesso claro a todos os processos.
A confiança da população está diretamente ligada a isso.
Afinal, a administração pública deve ser sempre guiada pelo interesse de todos, especialmente nos momentos finais de um governo.