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Política

A incoerência da “Creche para Idosos” de Mamazão: uma proposta sem noção

Proposta de criação de creche para idosos gera fortes questionamentos sobre a viabilidade e as prioridades da gestão pública, especialmente diante da falta de apoio ao asilo local e da carência de mais de 1.200 vagas em creches infantis na cidade

Uma nova promessa política gerou revolta na cidade de Patrocínio.

A proposta de criar uma “creche para idosos” foi recebida por muitos com descrença e indignação, incluindo uma leitora que preferiu não se identificar, mas que não escondeu sua revolta: “É uma palhaçada!”.

E, para não dizer que exageramos, as palavras de quem conhece a realidade do Asilo de Patrocínio falam por si só.

Uma senhora, identificada como X, deixou claro o que pensa:

“Gostaria de falar um pouco sobre a proposta do Mamazão sobre a creche para idosos, foi uma palhaçada e revoltante para quem conhece a realidade do asilo de Patrocínio.

Já trabalhei lá várias vezes, saí porque não iriam pagar o piso salarial e teríamos que passar nossa carteira de técnico de enfermagem para cuidador.

Lá deveria ter mais apoio da prefeitura, se tinha eu não via.

Antigamente, se não me engano, lá tinham 5 funcionários cedidos pela prefeitura, agora só tem 1.

Na época da pandemia eu trabalhei lá, foi muito sofrido.

Eu corri atrás do secretário de saúde para nos ajudar e ceder mais funcionários, mas não fui atendida.

Então, peço que olhem mais pelos nossos idosos que tanto amo.”

A fala é dura e carregada de verdade.

A cidade enfrenta uma falta gritante de apoio ao Asilo, que mal consegue se manter de pé com o mínimo de funcionários.

Mas, claro, no mundo das promessas políticas, a solução para tudo é criar mais uma ideia mirabolante: uma creche para idosos.

Porque, afinal, quando a realidade já está caótica, o que custa jogar mais um balde de fantasia sobre os eleitores?

Para piorar, se faltam mais de 1.200 vagas em creches para crianças, soa quase como uma piada (de mau gosto, claro) a proposta de criar vagas para idosos.

É como tentar apagar um incêndio jogando gasolina.

A verdade é simples: a cidade não cuida nem dos idosos que já estão no asilo.

Faltam funcionários, sobram promessas e, no meio disso tudo, o que realmente parece importar é a corrida para o poder – custe o que custar, nem que seja vendendo a ideia de um projeto impossível.

O eleitor, no entanto, não é bobo.

As falácias são tantas que não é preciso ser expert em política para perceber a distância entre o que se promete e o que se pode cumprir.

Enquanto isso, os idosos do Asilo de Patrocínio continuam sem o apoio necessário, e o tal Mamazão segue sua saga de propostas fantasiosas. Lamentável.

 

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