
Pesquisadores de diferentes instituições, incluindo a Universidade de Hong Kong e universidades do Ceará e São Paulo, fizeram uma descoberta importante ao identificarem uma nova variante de coronavírus em morcegos em Fortaleza, Ceará.
Esse é o primeiro caso do tipo MERS (Síndrome Respiratória do Oriente Médio) encontrado em morcegos na América do Sul, ampliando o entendimento sobre os vírus que circulam entre a fauna local.
O estudo, que analisou amostras de cinco morcegos de duas espécies distintas, encontrou um total de sete tipos diferentes de coronavírus, revelando uma diversidade de agentes patogênicos ainda pouco explorada.
A pesquisa tem como foco mapear vírus que possam representar uma ameaça à saúde humana no futuro, possibilitando a preparação de estratégias preventivas.
Apesar da semelhança com o coronavírus que causa a MERS, os cientistas reforçam que, no momento, não há indicações de que essa nova variante possa infectar seres humanos.
A MERS, conhecida por sua alta letalidade, tem uma transmissão limitada entre pessoas, o que exige monitoramento contínuo, mas não gera alarmismo imediato.
A descoberta destaca a importância da vigilância em animais, como os morcegos, que são conhecidos por hospedar diversos tipos de vírus.
Com os resultados em mãos, a pesquisa segue para novos estágios, com estudos em Hong Kong que avaliarão a possibilidade de interação dessa nova variante com células humanas, um passo crucial para entender os riscos potenciais dessa variante.
Essa nova identificação reforça a necessidade de continuar a monitorar a fauna e as possíveis zoonoses, prevenindo surtos e estabelecendo protocolos para detectar rapidamente quaisquer novos riscos para a saúde pública.