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Educação

Ensino Integral em Patrocínio: Falhas da SRE e Promessas Não Cumpridas Aumentam Evasão Escolar

Sob a liderança da superintendente Letícia Borges Marra Soares, a Superintendência Regional de Ensino de Patrocínio enfrenta críticas pela evasão escolar crescente, reflexo de um ensino integral desajustado às realidades locais e de promessas não cumpridas.

Desde 2020, o Governo de Minas Gerais busca implementar o Ensino Médio em Tempo Integral nas escolas estaduais, com a promessa de oferecer um ensino mais completo e alinhado às necessidades dos estudantes.

Em Patrocínio, seis escolas já aderiram a essa modalidade: Nely Amaral, Professora Ormy Araújo do Amaral, Terezinha Moreira Marra, Dalva Stela de Queiroz, José Eduardo Aquino e Odilon Behrens.

Entretanto, apesar dos esforços do corpo docente e da qualidade da alimentação oferecida, o modelo de ensino integral enfrenta grandes desafios locais.

Para muitos estudantes, especialmente os que vivem em situação de vulnerabilidade social, a realidade exige que conciliem os estudos com trabalho para auxiliar na renda familiar.

Com a jornada de mais de nove horas, essa necessidade fica comprometida, tornando o ensino integral pouco atrativo.

Além disso, as escolas em Patrocínio ainda enfrentam dificuldades em adaptar suas estruturas físicas para receber os alunos em tempo integral, o que gera cansaço e desmotivação.

Como resultado, a evasão escolar tem sido uma consequência direta dessa inadequação entre o modelo de ensino proposto e as reais necessidades dos estudantes da região.

Em 2024, a Superintendência Regional de Ensino (SRE) de Patrocínio 29ª entre as 47 regionais de Minas Gerais, anunciou uma medida que parecia promissora: ajustar a carga horária do ensino integral para sete períodos em todas as escolas, permitindo que os alunos tivessem tempo para atividades complementares, como cursos técnicos, atividades físicas e outras necessidades pessoais.

A medida visava tornar o modelo mais flexível e adequado à realidade dos estudantes, proporcionando a eles um tempo extra para buscar formação complementar e o desenvolvimento de habilidades fora do ambiente escolar.

Contudo, a promessa da SRE Patrocínio não foi completamente cumprida.

Apenas as escolas Professora Ormy Araújo do Amaral e Terezinha Moreira Marra passaram a adotar a carga horária reduzida, enquanto as outras escolas continuaram com a jornada de nove períodos.

A escolha seletiva dessas duas escolas gerou insatisfação e dúvidas entre a comunidade escolar, que questiona os critérios adotados e a falta de transparência na decisão da Superintendência.

A condução da SRE Patrocínio, sob a liderança de Letícia Borges Marra Soares, tem enfrentado críticas pela falta de comunicação efetiva e de ações práticas que promovam uma melhoria real no ensino.

A posição desfavorável nas avaliações externas reflete uma gestão que, segundo a comunidade escolar, parece priorizar atividades de divulgação nas redes sociais em detrimento de soluções mais concretas para os problemas enfrentados nas escolas.

A falta de diálogo e a incerteza quanto às ações da Superintendência deixaram as escolas e as famílias sem respostas, enquanto o desempenho educacional da região segue comprometido.

Com o ensino integral prometendo inclusão e desenvolvimento, a realidade em Patrocínio tem sido uma prova de que boas intenções não bastam.

Sem o apoio necessário da Superintendência para garantir um modelo realmente viável e adaptado, o ensino integral corre o risco de afastar, ao invés de atrair, os alunos.

Assim, resta o questionamento: quando a SRE Patrocínio, que deveria ser um apoio fundamental na educação, irá atuar com mais compromisso, transparência e foco no bem-estar e no futuro dos jovens da região?

Em Patrocínio, o ensino integral é exemplo de inovação: longas horas, poucas mudanças e uma evasão escolar em ascensão.

Os alunos ganham muito tempo na escola… mas perdem interesse.

Para alguns, isso seria uma lição irônica de “resistência”.

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3 Comentários

  1. tinha que colocar essa Letícia ” Marra” aí? indicação do Maurinho do esportes, incompetência total essa superintendente de ensino, mais uma que podia puxar o carro.

    1. Dizem que foi pagamento de favores, o marido dela parece ter participado do juro que inocentou o Jorge Marra. Creio que era pagamento de combinação para votar a favor de Jorge no júri

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