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Política

Silêncio Bem Pago: A Relação Suspeita Entre a Imprensa e o Governo de Patrocínio

Jornalistas e seus familiares ocupam cargos públicos com altos salários e jornadas reduzidas, levantando suspeitas de que a imprensa local estaria trocando silêncio e elogios por benefícios do governo.

Nos bastidores da Prefeitura e da Câmara Municipal de Patrocínio, um cenário no mínimo curioso chama a atenção: jornalistas e seus familiares ocupam cargos públicos com altos salários e, em muitos casos, com carga horária reduzida.

Isso tem levantado suspeitas de que, em troca desses benefícios, o silêncio sobre possíveis irregularidades do governo tem sido garantido.

Jornalistas ou privilegiados?

O exemplo de Cinthia Villarrubia Eloy dos Santos é um dos mais antigos.

Desde março de 2017, ela trabalha apenas 20 horas por semana e recebe um salário de R$ 5 mil reais.

São mais de sete anos nessa posição, o que levanta a pergunta: isso é um simples acaso ou um favor prolongado?

Será que essa é mais uma daquelas situações onde se vê uma relação direta entre privilégios e proteção?

Outro caso que está no centro das discussões é o de Paulo Henrique, filho de um dono de rádio da cidade, que recebe R$ 10 mil reais por 30 horas semanais na Câmara Municipal.

O cargo que ele ocupa como procurador jurídico nem sequer existia antes, o que faz muita gente acreditar que foi criado especialmente para ele.

Famílias e mais famílias

Além desses, também temos a esposa de um repórter da Módulo FM, que foi contratada três meses antes das eleições, e outros nomes da imprensa local como Alex Guimarães, filho dos donos do Jornal de Patrocínio, que ganha quase R$ 7 mil reais, e Elias Miranda, do Patrocínio VIP, com salário superior a R$ 3 mil reais.

Todos esses exemplos apontam para uma relação estreita entre a mídia local e o governo.

Cargos em troca de silêncio?

Com tantos jornalistas ou familiares empregados no governo, fica a pergunta no ar: será que essa galera está recebendo cargos públicos e bons salários para se calarem ou elogiarem as ações do governo?

É cada vez mais difícil acreditar que essas nomeações sejam por pura competência.

A imprensa deveria ser o “cão de guarda” da sociedade, fiscalizando e denunciando o que está errado.

Mas, em Patrocínio, parece que uma parte da mídia pode estar de olho mais nos benefícios que pode ganhar do que em fazer o seu trabalho de forma independente.

O que está por vir?

Estamos apenas no início dessa história. Uma segunda parte da investigação, com mais nomes e dados oficiais, promete expor ainda mais essa relação preocupante.

E a grande questão que fica para a população é: até quando a imprensa vai continuar protegendo os erros do governo em troca de cargos e favores?

Afinal, uma mídia comprometida com o governo enfraquece a luta contra a corrupção e deixa a população sem voz.

 

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