Um estudo das organizações Terra de Direitos e Justiça Global mostra que a violência política no Brasil aumentou muito durante o 1º turno das eleições de 2024.
Entre 16 de agosto e 6 de outubro, foram registrados 373 casos de violência, o que dá uma média de sete casos por dia. Nesse período, houve 10 assassinatos e 100 atentados.
A última semana de campanha, que foi de 1º a 6 de outubro, foi a mais violenta, com 99 casos reportados. Isso significa que, em média, houve 16 ocorrências por dia, ou uma a cada hora e meia.
Um dado preocupante é que um assassinato aconteceu a cada cinco dias durante esse período eleitoral.
Mais de 40% dos assassinatos de 2024 ocorreram enquanto as eleições estavam acontecendo.
Os dados mostram que a violência não afeta todos da mesma forma.
Embora a maioria das vítimas sejam brancas (52%), a violência foi mais letal para as pessoas negras, que representaram 80% dos assassinatos.
Entre as mulheres, que representam 33,96% das candidaturas, 35% das ocorrências de violência política as atingiram, com 56 ameaças registradas.
Todos os estados do Brasil registraram casos de violência política.
O Nordeste teve o maior número de casos, com 132, seguido pelo Sudeste, com 117, e pelo Sul, com 51. São Paulo foi o estado mais afetado, com 50 ocorrências.
Comparação com 2022
Quando comparamos com as eleições de 2022, que tiveram apenas um assassinato no 1º turno, a situação em 2024 é alarmante, mostrando um aumento de 614% nos atentados.
No total, 24 assassinatos foram registrados em 2024, dos quais 10 ocorreram durante o período eleitoral.
Os dados são claros: a violência política no Brasil está aumentando e representa uma séria ameaça à democracia.
É urgente que as autoridades e a sociedade se mobilizem para garantir a segurança de todos que participam do processo eleitoral.
Créditos: Jornal O TEMPO