Em meio ao conturbado cenário eleitoral de 2024, um veículo oficial da Secretaria de Obras de Patrocínio foi apreendido transportando 36 cestas básicas, fato que levanta sérias “suspeitas” de uso da máquina pública para fins eleitoreiros, algo já rotineiro nas denúncias de Cássio Remis em 2020 e que se repete em 2024.
“Não pra nossa surpresa, mas pra nossa estranheza”, Cássio Remis em setembro de 2020, última frase antes de ser executado por Jorge Marra.
O episódio ocorreu hoje, 4 de outubro, apenas dias antes da votação, e contou com desdobramentos envolvendo disparos de arma de fogo e um clima tenso de confronto entre representantes da prefeitura e seguranças de uma coligação adversária.
A Polícia Militar foi acionada após denúncias de que cestas básicas estavam sendo distribuídas no bairro Santa Terezinha, utilizando-se um Fiat Toro oficial do município.
Ao localizar o veículo em um posto de combustível no bairro São Benedito, os militares constataram que o carro havia sido alvo de um disparo de arma de fogo, que estourou um dos pneus.
O tiro, segundo o segurança da campanha da Coligação “Uma Patrocínio para Todos”, foi efetuado após o motorista do veículo avançar em sua direção durante uma discussão.
O cenário em que cestas básicas são encontradas em um veículo oficial da SEMOP descaracterizado e conduzido por servidores da Secretaria de Obras — um deles identificado como “Índio” — é, no mínimo, alarmante.
Ainda mais grave é o fato de que esses produtos, que deveriam servir ao amparo de famílias em vulnerabilidade, possam estar sendo usados como moeda de troca em pleno período eleitoral.
A multiplicação de cestas básicas em momentos estratégicos, como às vésperas de uma eleição, apenas intensifica as dúvidas sobre a lisura do processo e o respeito aos princípios democráticos.
Abuso de Poder ou Coincidência?
Este “incidente” já mancha ainda mais a integridade (ou, a ausência dela) de uma administração pública local já entupida de denúncias e processos, levantando “suspeitas” de abuso de poder e desvio de recursos com fins eleitorais.
O uso de bens e funcionários públicos para influenciar eleitores é uma prática condenável, que fere a igualdade de condições entre os candidatos e mancha o processo eleitoral.
A multiplicação suspeita de cestas básicas exatamente na véspera das eleições não pode ser vista como mera coincidência, especialmente em uma cidade marcada por desigualdade social, onde tais benefícios possuem um enorme peso sobre a população mais vulnerável.
Ação e Reação
Por outro lado, o desfecho da abordagem também levanta questões.
A ação do segurança da coligação rival, ao efetuar um disparo de arma de fogo, configura legítima defesa, uma vez que o motorista do carro da SEMOP (Secretaria de Obras) atentou contra ele ao avançar com o veículo sobre o tenente aposentado da Polícia Militar.
O referido tenente possui um histórico de conduta profissional e pessoal ilibada ao longo de sua carreira.
Esse episódio é mais um reflexo do ambiente altamente conflituoso e da escalada de confrontos que temos visto durante este pleito pelos componentes do grupo do atual governo.
As cestas básicas e o veículo oficial foram apreendidos, e o caso será investigado pela Polícia Civil, mas é preciso mais do que isso.
A população de Patrocínio merece respostas claras e ações concretas para coibir a prática do assistencialismo eleitoreiro e garantir que os recursos públicos sejam destinados a quem realmente necessita, e não usados como instrumento de manipulação política.
Este episódio já é comum e também mais um alerta sobre os desafios da fiscalização do processo eleitoral, o uso da máquina pública e o clima de hostilidade crescente.
Que a apuração dos fatos seja rigorosa e que a verdade prevaleça, para o bem da democracia e da justiça social.
Sem homicídios e sem “marras” neste processo eleitoral
A história recente de Patrocínio foi marcada por um episódio trágico que não pode ser repetido.
O assassinato brutal do candidato a vereador Cássio Remis, cometido pelo irmão do prefeito, Jorge Moreira Marra, chocou toda a cidade e o país.
Cássio Remis foi vítima de seis disparos, à luz do dia, num ato que se seguiu após suas denúncias sobre irregularidades e uso da máquina pública no governo vigente à época e que após quatro anos permanecem com os mesmos de sempre.
Este ano, observamos novamente um cenário alarmante, com denúncias similares, onde há suspeitas de abuso do poder público, ainda mais graves e mais intensas.
A diferença, que esperamos com toda a veemência, é que dessa vez a política de Patrocínio siga pelo caminho da civilidade e do respeito à vida.
Não podemos tolerar qualquer tipo de violência ou o uso da força para silenciar vozes dissonantes e nem aceitar tamanha afronta a democracia como essa de distribuição enorme de cestas.
O futuro de nossa cidade não pode ser pautado por medo, truculência ou assassinatos.
Precisamos de um processo eleitoral limpo, transparente e sem marras, onde a população seja ouvida e respeitada, sem ameaças ou pressões indevidas.
Que prevaleça a democracia, o diálogo e a vontade do povo.
Imagens e fotos de cestas básicas que chegaram a redação:
Humor: Requisitos para Ganhar Cesta Básica da Ação Social, texto de Andréa Assunção
Requisitos:
6 meses de desemprego (tem que ser desemprego oficial, tá? Não vale ficar “de férias”).
3 meses de aluguel atrasado (se o dono da casa não estiver te perseguindo, nem adianta pedir).
1 kg de vaselina (não me pergunte pra quê).
1 unicórnio (preferência por cores vivas).
1 dinossauro vivo (Jurassic Park feelings).
1 foto com Cristóvão Colombo descobrindo a América (pode ser selfie, mas ele tem que estar sorrindo).
Selfie com o Presidente (não vale montagem, hein!).
E, claro, o primeiro xixi do dia (nada de pegar amostra aleatória).
Proibido:
Ter geladeira, TV, fogão, dragões ou chupacabras em casa (parece que estão de olho na sua fauna doméstica).
(Ah, e pode deixar as crianças brincando na rua!)
Se for mãe solteira, namorado? Nem pensar! Eles querem saber até com quem você dorme!
Casa com mais de 3 pessoas? Já está fora! Eles até decidem com quem você pode dividir o teto agora.
Garantia:
Você pode conseguir a cesta a cada três meses, desde que tenha uma licença assinada pelo Papa, com ele mesmo de testemunha.
Mais informações no privado (não se esqueça do 🤡🤡).
Tá difícil? O verdadeiro milagre acontece nas eleições!
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