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Justiça

Paz ou piada? Prefeito de Patrocínio tenta pregar tranquilidade, mas população lembra bem quem é o grupo no poder

"Enquanto o prefeito fala de paz, nomes como Jorge Marra e outros aliados questionáveis aparecem como suas 'boas companhias', trazendo à tona lembranças de um passado marcado por violência e controvérsias."

Nesta sexta-feira, o prefeito de Patrocínio decidiu vestir o manto da paz em uma longa publicação no Facebook, declarando que “a política do vale-tudo não serve pra mim”.

Um discurso pacífico, doce até, cheio de boas intenções… ou seria apenas mais uma peça de teatro eleitoral?

Voltemos um pouco no tempo. Setembro de 2020.

Em plena luz do dia, o irmão do prefeito, Jorge Marra, resolveu “dialogar” com cinco tiros à queima-roupa contra Cássio Remis, então candidato a vereador.

O motivo?

Remis ousou denunciar irregularidades na gestão municipal.

Foi brutal, foi cruel, foi público.

E agora, quatro anos depois, o mesmo grupo político tenta se vender como defensores da paz? Haja ironia.

O prefeito, ao ser reeleito, não poupou elogios ao irmão assassino, chegando a homenageá-lo em plena Câmara Municipal.

E agora, quer nos fazer acreditar que defende uma política do bem?

Será que ele esqueceu do crime político mais marcante da história de Patrocínio ou apenas está apostando que a população esqueceu?

Na publicação, ele afirma com ares de superioridade:

“Eu prefiro andar em boas companhias”.

E quem são essas boas companhias?

Maurinho, Salomão, Jorge Marra, Roberto das Calhas, Lucas Novaes, Ronaldo Correia, Tatá, Willian, Tim, Rinaldo, Ailon, Júnior, Cleiton Gonçalves, Mamazão, Balila, Valtinho, Leandro Caixeta, Natanael, Deley Despachante e outros.

Será que Jorge Marra também faz parte dessa turma de elite?

Porque, convenhamos, a população ainda lembra muito bem de quem ele está falando.

Enquanto o prefeito prega a paz nas redes sociais, na vida real, servidores continuam sendo perseguidos, comércios sofrem ameaças e empresários são coagidos a apoiar a administração para não sofrerem retaliações.

Essa é a “paz” que está sendo vendida?

Se for, parece que só quem está no círculo de confiança do prefeito tem direito a ela.

E, claro, a pergunta que não quer calar: o que exatamente se comemora no dia 24 de setembro?

A memória de Cássio Remis ou a impunidade que segue reinando na cidade?

Paz? Talvez no Facebook. Porque, na realidade de Patrocínio, ela ainda está bem longe de ser uma realidade.Fizemos a pergunta e fomos bloqueados e a pergunta excluída. É esse o tipo de transparência? É assim a nova mudança?

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