Em um depoimento à CPI das Apostas Esportivas, William Roncatto, importante figura ligada no caso de CPI envolvendo o Clube Atlético Patrocinense (CAP), trouxe à tona acusações graves contra o presidente do clube, Tatá, envolvendo-o em esquemas de manipulação de resultados.
A sessão também contou com o depoimento de Anderson, apontado como parte central nas investigações, mas as declarações de Roncatto elevaram o nível da controvérsia.
De acordo com Roncatto, tanto Anderson quanto Tatá mentiram descaradamente à CPI, tentando enganar os senadores Romário e Jorge Kajuru, responsáveis pela condução do inquérito.
“O presidente sabia de tudo, e não é a primeira vez que ele participa de manipulação de jogos de futebol”, afirmou Roncatto, sugerindo que esse tipo de prática já era comum no clube.
Além disso, ele indicou que o suposto esquema de manipulação de resultados vai além das figuras de Tatá e Anderson, insinuando a existência de um cartel que estaria atuando há bastante tempo.
Sem citar nomes, Roncatto deixou no ar a possibilidade de que pessoas mais poderosas estão envolvidas.
“Esses dois estão abaixo de mim, mas tenho medo dos que estão acima”, revelou, dando a entender que o esquema teria ramificações ainda mais profundas.
A revelação chocou a torcida grená, que vê seu clube amado no centro de um dos maiores escândalos esportivos de sua história.
O CAP, carinhosamente apelidado de “Paixão Grená” por seus torcedores, enfrenta uma crise institucional sem precedentes.
O que fizeram com nossa Paixão Grená foi uma covardia, um sentimento de indignação que se espalhou pela cidade de Patrocínio.
As investigações ainda estão em curso, e novos desdobramentos poderão expor mais detalhes sobre a rede de manipulação que assola o futebol mineiro.
O CAP, por sua vez, tenta lidar com as consequências de uma crise que atinge sua credibilidade e abala a confiança de seus fiéis torcedores.