A recente denúncia de divulgação de pesquisa eleitoral irregular em Patrocínio-MG expõe mais uma vez as práticas questionáveis no jogo sujo da política local.
A coligação “Uma Patrocínio Para Todos” e o candidato a prefeito Gustavo Tambelini Brasileiro acusam:
- Wellington Rodrigo Fernandes, Mamazão;
- Elvis Alves dos Santos, Elvim do Serra Negra, candidato a vereador;
- Márcio Rogério Gonçalves dos Reis, o Chockito, candidato a vereador;
- Roberto Batista Corrêa, o “Robertão das Calhas”.
Os mencionados acima foram denunciados por veicularem uma pesquisa falsa em suas redes sociais, sem registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), numa tentativa clara de manipular a opinião pública.
No dia 24 de setembro de 2024, os acusados divulgaram uma pesquisa onde Wellington Mamazão aparecia com 44,8% das intenções de voto, enquanto Gustavo Brasileiro tinha 33,7% e a Professora Bianca 5,8%.
O problema é que, após consulta ao Instituto Veritá, ficou evidente que a pesquisa nem mesmo existia, revelando uma fraude que visa enganar os eleitores e criar uma falsa sensação de liderança.
Isso é inaceitável, especialmente quando uma pesquisa inventada é compartilhada massivamente, usando canais populares como WhatsApp e Instagram, prejudicando a transparência e a confiança no processo eleitoral.
A prática de divulgar pesquisas irregulares não é apenas um erro ético, mas uma grave violação das normas eleitorais.
As consequências podem ser sérias, afetando o resultado das eleições e o direito do eleitor a uma informação clara e verídica.
A coligação de Gustavo Brasileiro não pede apenas a remoção da pesquisa de todas as redes sociais dos envolvidos, mas também a aplicação de uma multa, uma vez que esse tipo de atitude não pode ser tolerado, principalmente quando estamos tão próximos de um pleito.
A decisão da juíza Maria Tereza Horbatiuk Hypolito, que determinou a defesa em dois dias e a remoção da pesquisa em 24 horas, é um passo importante para assegurar a integridade do processo.
Contudo, é necessário que mais punições sejam aplicadas para coibir esse tipo de prática de uma vez por todas.
A política de Patrocínio precisa ser limpa, e isso começa com a responsabilidade de cada candidato e partido de respeitar as regras e os eleitores.
O episódio evidencia que, em plena era da informação, alguns ainda preferem enganar os eleitores ao invés de apresentar propostas reais e consistentes.
É hora de a Justiça Eleitoral mostrar que não tolerará esse tipo de manipulação e que o jogo sujo não terá vez em Patrocínio.
Confira a decisão da Justiça Eleitoral: