Desde 2021, Cláudia Albanez vive um luto pesado, sem paz e sem respostas.
Três anos após o atropelamento que levou à morte de seu esposo, José Carlos Teles, conhecido carinhosamente como Chapolim Motoboy, ela clama por justiça e denuncia a lentidão e omissão das autoridades em Patrocínio, onde o caso, segundo ela, parece ter sido abafado.
Cláudia descreve, com dor, uma sequência de descasos que ela acredita ter contribuído diretamente para a morte de seu marido, com o atropelamento e do descaso do médico plantonista do PS cuja postura no atendimento é descrita como fria e negligente.
Na manhã de 21 de maio de 2021, José Carlos saiu de casa para fazer suas entregas de rotina, levando consigo o sustento da família.
Era uma sexta-feira comum, e ele havia saído para entregar bolos, com o uniforme e o telefone do Delícias da Vovó Cláudia estampado em sua roupa de trabalho.
No entanto, quando voltava para casa, uma tragédia o aguardava.
Segundo Cláudia, o veiculo, em alta velocidade, desrespeitou uma sinalização de “pare” e atropelou violentamente seu esposo.
Em um gesto inesperado, o motorista teria entrado em contato com Cláudia para informar sobre o ocorrido, referindo-se a José Carlos como “seu motoboy” — uma frase que ainda ecoa dolorosamente na mente da viúva, indicando o desprezo por um homem que era pai, esposo e pilar de sua família.
Desesperada, Cláudia correu ao pronto-socorro para onde o marido havia sido levado.
Ao chegar, encontrou José Carlos deitado em uma maca no corredor, sem qualquer tipo de atendimento imediato.
“Ele estava ali, sofrendo, com dores pelo corpo todo, resultado de um atropelamento em alta velocidade. E ninguém fazia nada”, recorda-se ela, emocionada.
Cláudia chamou uma enfermeira, exigindo atendimento, e foi então que o médico de plantão apareceu.
A reação do médico, no entanto, foi um choque para a esposa angustiada: ele afirmou que José Carlos estava “bem” e que poderia ser mantido em observação no corredor.
Confiando que seu esposo receberia cuidados, Cláudia tentou se acalmar.
Mas, às 17h, o médico declarou que José Carlos já poderia ir para casa.
Em uma atitude que pareceu insensível diante das circunstâncias, entregou-lhe apenas uma receita de paracetamol e um atestado de dois dias de repouso.
Abalada, Cláudia chamou seu filho e, com a ajuda de um amigo, levou José Carlos de volta para casa, na esperança de que ele pudesse se recuperar.
Mas, apenas 20 minutos após chegar em casa, José Carlos desmaiou, sinal de que algo estava terrivelmente errado.
O desespero tomou conta. Cláudia e o filho ligaram para o SAMU, que prontamente veio em auxílio e retornou com José Carlos ao pronto-socorro.
No entanto, ao chegar novamente ao local, ela se deparou com uma nova barreira: o mesmo médico, que já havia minimizado o estado do paciente anteriormente, continuava de plantão.
Em um misto de pânico e revolta, Cláudia implorou por uma transferência para a Santa Casa, onde seu marido poderia ter um atendimento adequado.
A transferência só foi permitida após muita insistência, ameaças de chamar a polícia e até mesmo a imprensa local, que, segundo Cláudia, teria sido necessária para pressionar a equipe médica.
Ao chegar na Santa Casa, a equipe plantonista rapidamente pediu uma tomografia, exame que deveria ter sido realizado desde o início.
O resultado foi devastador: José Carlos tinha múltiplas fraturas, perfuração nos pulmões, confirmando a gravidade do acidente e revelando a inadequação do atendimento inicial.
“Meu marido foi tratado como se não fosse nada. Ele estava quebrado por dentro, e tudo que Dr. fez foi me mandar para casa com um paracetamol”, desabafa Cláudia, tomada pela dor e pela indignação.
Hoje, Cláudia vive uma dupla batalha.
Além da dor da perda, ela enfrenta o que vê como uma inércia judicial, uma lenta resposta que impede que o caso de José Carlos seja devidamente julgado.
Para ela, o Dr. que negligenciou o atendimento médico necessário, permanece intocado e protegido, enquanto a memória de seu marido parece relegada ao esquecimento.
A viúva ainda questiona por que a imprensa local não deu a devida visibilidade ao caso, mencionando apenas o nome da vítima e protegendo, segundo ela, tanto o motorista quanto o médico.
Cláudia Albanez continua sua busca por justiça, mesmo diante da lentidão e do silêncio das autoridades.
“Meu esposo era um homem trabalhador, honesto, querido por todos. E agora parece que a cidade esqueceu dele, mas eu não vou esquecer. Eu vou lutar por ele até o fim”, afirma, com a voz firme e os olhos marejados, enquanto carrega a promessa de lutar contra um sistema que, para ela, insiste em proteger os que erraram e em ignorar o sofrimento dos inocentes.
Viúva Cláudia Espera Justiça e Exige que Dr. Pague pelo Crime de Negligência que Levaram à Morte de Chapolim Motoboy, seu esposo.
uai tirou o nome do rico porque?
porque é filho de papai, achei que era democrático o site, posta aí o nome do filho do Altair uai, ou vai censurar meu comentário também?
Retirei por questões de jurídico afirmar que ele não está no referido processo.