A bacia do alto curso do rio Dourados, com cerca de 194 km² e localizada ao norte de Patrocínio, é uma fonte vital de água para o município.
Essa bacia inclui cursos d’água importantes como o córrego Feio, o córrego Lajeado e o ribeirão Caxambu, que alimentam o rio Dourados, um dos principais afluentes do rio Paranaíba.
Contudo, a expansão de atividades agrícolas e o crescimento urbano intensificaram a pressão sobre essa região, reduzindo drasticamente a disponibilidade de água.
A Estação de Tratamento de Água (ETA) de Patrocínio foi projetada para atender uma população de até 50 mil pessoas, mas hoje a cidade conta com aproximadamente 93 mil habitantes.
Essa infraestrutura insuficiente já provoca desabastecimento em alguns bairros, que dependem de caminhões-pipa para suprir a demanda.
Para mitigar o problema a curto prazo, a única solução viável é a abertura urgente de poços artesianos em locais específicos, medida que ajudaria a aliviar a pressão sobre a bacia até que um plano de gestão mais abrangente seja implementado.
Estudos indicam que, desde 1985, o uso do solo na região alterou significativamente o escoamento e a infiltração de água, prejudicando a qualidade e a quantidade disponível.
Além disso, o aumento de períodos de seca prolongada eleva a demanda por irrigação em culturas sensíveis, como a horticultura, aumentando ainda mais a pressão sobre os recursos hídricos.
O descarte inadequado de resíduos e a poluição dos rios tornam a situação ainda mais preocupante.
Especialistas recomendam ações imediatas para preservar a bacia do rio Dourados e o córrego Feio, garantindo a disponibilidade de água para Patrocínio.
A preservação das nascentes, o controle do uso de água e o incentivo a práticas agrícolas sustentáveis são medidas essenciais para a sustentabilidade hídrica.
Com o apoio do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), essas ações podem assegurar que os cursos d’água da região continuem a abastecer Patrocínio e a manter sua economia.
