A partir de amanhã, a tarifa do transporte coletivo em Patrocínio cairá para R$ 2,00.
Uau! O tão esperado passe quase-livre finalmente chegou! Só que não.
Antes de qualquer comemoração, é importante manter os pés no chão.
Afinal, essa promessa milagrosa, digna de um “Pegadinha do Malandro”, parece mais uma daquelas promessas de campanha que nunca saem do papel – nem amanhã, nem em janeiro de 2025.
Vamos ser sinceros: por que a tarifa, que só subiu durante oito anos, seria reduzida agora?
O transporte coletivo da cidade, gerido por uma empresa da família do prefeito, nunca esteve tão caro, e só agora, no fim do mandato, surge essa bondade?
É engraçado como a caneta mágica só funciona quando há uma eleição à vista.
Enquanto a tarifa promete cair para R$ 2,00, a realidade dos usuários continua lá embaixo, no buraco de promessas não cumpridas.
Em oito anos de gestão, o transporte coletivo não viu nenhuma grande mudança.
A frota, que continua envelhecendo, e a ausência de um terminal rodoviário moderno dizem mais sobre as prioridades do prefeito do que qualquer discurso.
Se em todo esse tempo ele não conseguiu melhorar o sistema, por que deveríamos acreditar que agora, com o relógio político correndo, algo vai mudar?
Essas promessas que só servem para as urnas.
O mais interessante dessa história é que, se essa redução de tarifa é realmente viável e benéfica para a população, por que não fazer isso imediatamente?
Por que esperar até 2025, quando o prefeito já terá saído de cena e deixado o abacaxi para o próximo?
Isso, claro, se o “candidato decorativo” que promete continuar essa gestão desastrosa for eleito – o que, sejamos francos, parece tão provável quanto a passagem de ônibus ser gratuita.
A promessa de R$ 2,00 soa como um conto de fadas para eleitores que já estão cansados de histórias mal contadas.
Parece que o prefeito aposta em uma memória curta da população, esperando que todos esqueçam os aumentos contínuos e o descaso com o transporte público.
Mas será que alguém realmente acredita nisso?
Palavras não enchem o tanque.
Reduzir a tarifa de R$ 5 para R$ 2 soa maravilhoso no papel, mas na prática, a história é outra.
É curioso como, depois de oito anos, o prefeito subitamente descobre que é possível baratear o transporte.
Só que, se isso fosse verdade, por que não fez antes?
Talvez porque o objetivo seja outro: encher as urnas com votos, e não os ônibus com passageiros satisfeitos.
Fica o aviso: prometer tarifa de R$ 2 é fácil. Difícil mesmo é entregar.