Os números divulgados pelo município de Patrocínio, referentes às receitas e despesas até junho de 2024, revelam uma disparidade significativa entre o que foi previsto e o que efetivamente foi arrecadado.
Com uma previsão de receita de R$ 728 milhões, a arrecadação totalizou apenas R$ 309,8 milhões, menos da metade do esperado, sendo assim, a probabilidade de arrecadação dificuldade alcançará R$ 600 milhões até dezembro de 2024.
Detalhamento da Receita
Dentre as fontes de arrecadação, destacam-se as transferências correntes, que somaram R$ 213,3 milhões, seguidas pelos impostos, taxas e contribuições de melhoria, que chegaram a R$ 40,3 milhões.
As contribuições representaram R$ 21 milhões, e a receita patrimonial foi de R$ 16,3 milhões.
Apesar desses números, as deduções aplicadas em diversas categorias, como transferências correntes e receitas patrimoniais, resultaram em uma receita líquida de R$ 360,2 milhões.
Previsão de Despesa
Do lado das despesas, o cenário também apresenta um desequilíbrio.
A previsão de despesas para o ano era de R$ 728 milhões, mas até o momento, foram gastos R$ 392 milhões.
Os maiores investimentos estão concentrados no Fundo Municipal de Educação, com R$ 90,8 milhões, seguido pelo Fundo Municipal de Saúde, que utilizou R$ 86,1 milhões.
Outras secretarias que consumiram grandes quantias foram a Secretaria de Obras e Serviços Urbanos (R$ 81 milhões) e a Secretaria de Finanças (R$ 25,3 milhões).
Desafios e Expectativas
Com um orçamento que enfrenta dificuldades para atingir suas metas de receita, a gestão municipal terá que adotar estratégias eficientes para equilibrar as contas.
A arrecadação abaixo do previsto e a manutenção de despesas elevadas em áreas essenciais, como educação e saúde, representam um desafio que poderá impactar a execução de novos projetos até o final do ano.
Fontes externas, foram utilizadas para consolidar esses dados disponíveis no Fiscalizando com o Tribunal de Contas de Minas Gerais, o TCE-Fiscaliza, e é esperado que as autoridades municipais tomem medidas para reverter o cenário até o final de 2024.