
Patrocínio exibe com orgulho suas novas avenidas e projetos de infraestrutura, mas a realidade por trás dessa fachada de progresso é alarmante.
A cidade, que se apresenta como um modelo de desenvolvimento, revela uma discrepância preocupante quando examinamos os dados sociais e econômicos.
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) coloca Patrocínio na 87ª posição em Minas Gerais, evidenciando que, apesar das melhorias visíveis, a qualidade de vida dos habitantes não acompanha o ritmo das obras.
Essa estatística é um claro sinal de que o “desenvolvimento” não está atingindo as camadas mais vulneráveis da sociedade.
No setor de saúde, a situação é igualmente desastrosa.
Patrocínio ocupa o 46º lugar no Estado em relação ao número de óbitos, um reflexo da deficiência dos serviços de saúde e da falta de investimento em áreas cruciais para o bem-estar da população.
O desemprego é outro problema grave
A cidade está na 113ª posição em Minas Gerais em termos de população ocupada, com apenas 29% dos moradores empregados.
Esse dado evidencia uma crise econômica e expõe a falta de políticas eficazes para gerar emprego e oportunidades reais para os cidadãos.
Além disso, o salário médio mensal de Patrocínio é um dos mais baixos do Estado, posicionando a cidade na 153ª posição.
Isso demonstra que, apesar das promessas de progresso, a maioria da população continua a lutar contra a pobreza e a baixa qualidade de vida.
Patrocínio precisa enfrentar uma dura realidade: os investimentos em infraestrutura são apenas uma parte da equação do desenvolvimento.
A cidade deve urgentemente reavaliar suas prioridades e concentrar esforços em políticas que realmente melhorem a vida de seus cidadãos, em vez de continuar a construir uma fachada de progresso que não corresponde à realidade vivida por muitos.