Em Patrocínio, a expectativa por eleições que tragam mudanças é ofuscada por práticas políticas ultrapassadas.
O uso da máquina pública para beneficiar o candidato do governo municipal e as perseguições políticas são exemplos de que o coronelismo e o clientelismo ainda reinam na política local, atrasando o progresso da cidade e prejudicando a verdadeira democracia.
O coronelismo, uma prática que deveria ter sido enterrada no passado, continua presente em Patrocínio, adaptando-se aos tempos modernos.
A utilização de recursos públicos para promover candidatos governistas é um abuso de poder inaceitável, que transforma a administração pública em um braço de campanha política.
Os servidores municipais, ao invés de estarem a serviço da população, são forçados a participar de atos políticos sob ameaça de represálias, uma clara violação de seus direitos e da ética administrativa.
O clientelismo, por sua vez, perpetua uma relação de dependência e subserviência entre o governo e a população.
Programas sociais e obras públicas são usados como moedas de troca, oferecidos em troca de apoio político ao candidato da situação.
Essa prática transforma cidadãos em reféns de favores políticos, corroendo o espírito democrático e a cidadania ativa, onde cada voto deveria ser uma expressão livre de escolha e não uma obrigação decorrente de interesses particulares.
As perseguições políticas a opositores do governo demonstram o desprezo pelas práticas democráticas e a manutenção de uma política baseada no medo e na intimidação.
Demissões e transferências arbitrárias são usadas como ferramentas de controle e silenciamento, punindo aqueles que ousam desafiar o status quo.
É inaceitável que, em pleno século XXI, Patrocínio ainda sofra com práticas políticas que lembram os tempos do coronelismo e do clientelismo.
A cidade precisa de líderes que respeitem a democracia, promovam a transparência e defendam o bem comum, ao invés de perpetuar um ciclo de privilégios e abusos de poder.
A sociedade civil, os meios de comunicação e cada cidadão têm um papel crucial na denúncia desses abusos e na promoção de eleições justas e transparentes.
Somente com uma postura crítica e ativa será possível romper com essas práticas arcaicas e construir um futuro político mais ético e democrático para Patrocínio.
O progresso da cidade depende da coragem de seus habitantes em exigir mudanças e em lutar por uma política que verdadeiramente represente os interesses de todos, e não de uma minoria privilegiada.