Política

Ministro da Defesa admite injustiça contra presos do 8 de janeiro e expõe crise institucional no Brasil

Declaração de José Múcio Monteiro no Roda Viva reconhece penas desproporcionais e reforça denúncias de violação de garantias legais, enquanto líderes que condenam anistia já foram beneficiados no passado.

O Brasil vive um momento de profunda crise institucional, agravada pela declaração do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, durante sua participação no programa Roda Viva.

Com todas as letras, ele afirmou que há inocentes presos pelos eventos do 8 de janeiro e que muitas das penas aplicadas são excessivas e desproporcionais aos crimes cometidos.

A fala do ministro escancara um problema que vem sendo denunciado por diversos juristas e parlamentares: o uso do sistema de Justiça para punir adversários políticos.

Os réus dos atos de 8 de janeiro foram processados diretamente pelo Supremo Tribunal Federal, contrariando o princípio do juiz natural e ignorando o devido processo legal, já que deveriam ser julgados na primeira instância.

O tratamento dispensado a esses presos contrasta com a benevolência que, em outras épocas, beneficiou militantes que pegaram em armas, praticaram assaltos, sequestros e atentados durante o regime militar.

Muitos desses, que hoje se opõem à anistia dos manifestantes, foram anistiados sem que houvesse qualquer debate sobre proporcionalidade ou justiça.

O reconhecimento de injustiça por parte de uma autoridade tão relevante como o ministro da Defesa levanta questões inquietantes sobre os limites do poder do Judiciário no Brasil e a ausência de mecanismos eficazes para conter eventuais abusos.

Quando um governo admite que há presos políticos, mas se declara impotente para corrigir a situação, fica evidente que o país enfrenta uma grave falência moral e institucional.

A urgência do momento exige não apenas a anistia, mas a revisão completa dos processos, com anulação das sentenças injustas e a devolução da liberdade a quem nunca deveria ter sido condenado nessas circunstâncias.

Se o Brasil deseja preservar sua democracia, é preciso restabelecer o equilíbrio entre os Poderes e garantir que a Justiça não seja usada como ferramenta de perseguição.

Takão Engenharia

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3 Comentários

  1. Não sabia que ela era juiz ou especialista em leis para tratar desses casos não, argumento de autoridade não muda a quebra de patrimônio, independentemente de que fala, aí mais que ele tem parentes envolvidos. .Milhões de perda porque uns coitados viúvas da ditadura que nem viveram na época não aceitaram as eleições. Falou em fraudes nas urnas, mas se teve fraude porque não fazer fraude para os deputados do PL não ganhar, o mesmo capitão ganhou várias vezes com a urna, estranho né

  2. Deveriam impedir que bolsonaro e Lula se candidatassem a presidente, um já foi presidente várias vezes outro já foi presidente e deputado várias vezes será que não está bom se enriquecer tanto.

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