Política

Lula admite não disputar reeleição em 2026, mas reforça necessidade de união política

Presidente fala sobre questões de saúde e critica falta de comprometimento de aliados, enquanto base busca alternativas para manter o projeto político no próximo pleito.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) surpreendeu seus ministros ao cogitar, durante uma reunião na Granja do Torto, a possibilidade de não disputar a reeleição em 2026.

O petista, que sempre demonstrou energia para liderar o país, justificou sua posição mencionando episódios que o fizeram refletir sobre sua saúde, como a cirurgia realizada após uma queda no banheiro e o incidente técnico em um voo para o México, em 2023, que quase terminou em tragédia.

“Essas coisas fazem a gente pensar na vida e no que ainda é possível entregar para o país”, teria dito Lula, em tom sincero.

Apesar disso, Lula reforçou que a prioridade é garantir a continuidade de seu projeto político, independentemente de quem será o candidato em 2026.

Ele também fez críticas contundentes a partidos da base aliada, como PSD, MDB e União Brasil, que, segundo ele, não têm se comprometido como deveriam com o governo.

“Estamos entrando no processo eleitoral, e ainda não sabemos se os partidos que vocês representam querem seguir conosco ou não. Isso é uma tarefa grande para 2025”, afirmou.

Nos bastidores, ministros e parlamentares próximos ao presidente reconhecem que encontrar um sucessor à altura é um desafio.

Nomes como o do prefeito do Recife, João Campos (PSB), começam a ser ventilados, mas lideranças do governo acreditam que o carisma e a habilidade política de Lula são difíceis de substituir.

Por ora, o foco do presidente parece ser deixar as bases sólidas para o futuro, enquanto reflete sobre o papel que deseja desempenhar nos próximos anos.

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