
A falta de professores na rede estadual de ensino em Patrocínio tem gerado preocupação entre alunos, pais e educadores. Após reportagem publicada pela Folha de Patrocínio, denunciando o problema e cobrando uma solução do governo, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) enviou uma nota oficial negando as informações e defendendo as medidas adotadas para suprir a carência de docentes.
A posição da SEE/MG
Na nota, a SEE/MG afirma que as informações divulgadas são “absolutamente improcedentes” e garante que o Estado mantém um compromisso com a formação de um quadro docente qualificado. Segundo a secretaria, a prioridade é a nomeação de professores aprovados em concursos públicos, mas, onde não há docentes habilitados disponíveis, o governo opta por contratações temporárias de graduados não licenciados e estudantes universitários.
A SEE/MG também destaca que essa solução emergencial visa garantir a continuidade do ensino e evitar prejuízos aos alunos. Segundo a pasta, 15 professores foram nomeados no município no último concurso público, e não há mais classificados disponíveis para serem convocados. Além disso, o governo estadual afirma que já investiu mais de R$ 19 bilhões na educação em 2024, com recursos para infraestrutura, construção de escolas, folha de pagamento e alimentação escolar.

A resposta da Folha de Patrocínio
Diante da justificativa da SEE/MG, a Folha de Patrocínio reafirmou sua denúncia e ressaltou que a falta de professores é um problema real, que prejudica diretamente a qualidade do ensino. O jornal apontou que o governo do Estado tem falhado em garantir a realização de concursos públicos regulares e na valorização dos profissionais da educação.
A resposta também citou a Constituição Federal, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que determinam que a educação pública deve ser de qualidade e garantir igualdade de acesso para todos os estudantes. Para a Folha, o Estado não pode continuar adotando soluções paliativas para um problema estrutural, e a constante falta de professores demonstra que não há um planejamento adequado para garantir o direito dos alunos à educação.
O jornal ainda destacou que não há como oferecer um ensino eficiente sem professores suficientes e devidamente valorizados, e que a comunidade escolar segue aguardando respostas concretas e soluções definitivas para o problema.

A resposta da SEE/MG à denúncia da Folha de Patrocínio sobre a falta de professores na rede estadual ignora a realidade enfrentada por alunos e docentes.
O Estado minimiza o problema ao justificar a contratação emergencial de profissionais sem licenciatura, em vez de promover concursos públicos regulares e valorizar a categoria.
Apesar de afirmar um alto investimento na educação, a precarização do ensino continua evidente, com escolas sem professores e estudantes prejudicados.
A Constituição Federal, o ECA e a LDB garantem o direito a uma educação de qualidade, mas o governo mineiro trata o ensino como um problema secundário. Enquanto essa obrigação não for cumprida, seguiremos denunciando e cobrando medidas efetivas.
Folha de Patrocínio
Me arrisco a dizer que falta pelo menos um professor em praticamente todas as escolas. Os bons professores estão literalmente pulando fora, pq a carga de trabalho ‘ inútil ‘ está demasiadamente elevada, galera está sem tempo para assinar o ponto. Todo mundo está a beira da exaustão, ensinar o que se deve está em 9⁰ plano por conta das intermináveis avaliações diagnósticas. Enquanto gente que não consegue dar aula estiver no lugar de comando as coisas só vão piorar. Atenção redação, investigue também a luta das famílias em conseguir professores de apoio para filhos com necessidades especiais aqui em Patrocínio.
Parabéns pelo comentário. Cirúrgico, real e preocupante.
Infelismente, com um salário muito baixo, sem perspectivas, o professor ficou esquecido. É uma vergonha nacional o salario de um professor que tem pós graduação. 2880 reais aqui em Minas gerais. Ele deveria receber o piso integral para 24 horas. Ainda seria pouco, para o sofrimento que ele passa em sala de aula.