
O governo anunciou uma nova medida para facilitar o crédito consignado para trabalhadores CLT.
Agora, quem tem carteira assinada pode pegar empréstimo diretamente com os bancos, sem precisar que a empresa onde trabalha tenha convênio com a instituição financeira.
A ideia é oferecer juros mais baixos e condições melhores de pagamento. Mas será que isso realmente ajuda o trabalhador ou só favorece os bancos?
Uma das grandes mudanças é que o trabalhador pode usar parte do FGTS como garantia para conseguir o dinheiro emprestado.
Parece bom, mas há um problema: se for demitido, pode acabar perdendo o valor do fundo, que deveria servir como uma reserva em momentos difíceis.
Além disso, com os altos índices de endividamento no Brasil, especialistas alertam que essa facilidade pode fazer com que mais gente fique presa em um ciclo de dívidas.
No fim das contas, a nova regra beneficia mais os bancos, que terão menos riscos ao emprestar dinheiro, do que o próprio trabalhador, que pode acabar com parte do salário comprometida antes mesmo de recebê-lo.
Como contratar o novo crédito consignado
1. Escolha um banco ou financeira – O trabalhador pode procurar qualquer instituição que ofereça essa modalidade e comparar as taxas de juros antes de decidir.
2. Autorize o desconto em folha – A contratação será feita de forma digital, e a autorização para que o valor seja descontado do salário ocorrerá por meio da Carteira de Trabalho Digital ou do app do FGTS.
3. Use o FGTS como garantia (opcional) – É possível oferecer até 10% do saldo do FGTS e 100% da multa rescisória como garantia. Isso pode reduzir os juros, mas significa que, em caso de demissão, parte desse dinheiro pode ser retida pelo banco.
4. Aguarde a liberação – Após a aprovação, o dinheiro cai na conta do trabalhador, e as parcelas começam a ser descontadas diretamente do salário.