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A forma como a Geração Z encara o trabalho está mudando. Em vez de seguir o modelo clássico de dedicação intensa até a aposentadoria, muitos jovens estão optando por períodos sabáticos planejados ao longo da carreira. Essa prática, conhecida como microaposentadoria, vem ganhando força como uma alternativa para equilibrar vida profissional e bem-estar.
O conceito, popularizado pelo livro Trabalhe 4 Horas por Semana, de Timothy Ferriss, propõe que, em vez de trabalhar sem interrupções por décadas, as pessoas façam pausas estratégicas para viajar, investir em projetos pessoais ou simplesmente descansar. Diferente de uma demissão sem perspectiva, a microaposentadoria é uma escolha consciente e planejada, geralmente financiada com economias próprias.
A Geração Z tem buscado esse modelo por diversos motivos. Além da preocupação com a saúde mental, há também a incerteza sobre o futuro dos sistemas de previdência social. Muitos jovens questionam se a aposentadoria tradicional garantirá estabilidade financeira e preferem aproveitar a vida enquanto ainda têm energia e disposição.
Especialistas apontam benefícios, como a redução do estresse e a prevenção do burnout. No entanto, há riscos. Pausas prolongadas podem impactar a progressão de carreira, dificultar promoções e reduzir a competitividade no mercado de trabalho. Em alguns setores mais tradicionais, períodos sem emprego formal ainda são vistos com desconfiança.
Apesar dos desafios, a microaposentadoria reflete um novo olhar sobre o equilíbrio entre trabalho e qualidade de vida. Para a Geração Z, sucesso profissional não significa apenas estabilidade financeira, mas também tempo para viver plenamente.