A situação na Escola Estadual Venina Tavares do Amaral, em Patrocínio, é desesperadora. A ausência de professores chegou a um nível insustentável, comprometendo não apenas o aprendizado, mas a dignidade de centenas de estudantes que, dia após dia, assistem ao colapso da educação pública diante de seus olhos.
Enquanto a Secretaria de Educação empilha editais — mais de 36 já foram lançados — a escola permanece com salas vazias, matérias sem cobertura e alunos completamente abandonados.
Já estamos em abril, praticamente ao fim do primeiro bimestre, e os jovens ainda não tiveram sequer contato com disciplinas fundamentais como Matemática, Geografia, História, Química, Física, entre tantas outras. Nem mesmo os componentes da parte diversificada do Novo Ensino Médio estão sendo ministrados como deveria.
É revoltante. É inadmissível. Em um Estado que se orgulha de seus índices educacionais, como explicar o total descaso com uma escola inteira? Onde estão as autoridades? Onde está o governador, a Secretaria de Estado da Educação, os deputados eleitos para representar a região?
Pais estão indignados, professores efetivos sobrecarregados e estudantes cada vez mais desmotivados. Não há planejamento, não há resposta, não há respeito.
A comunidade escolar exige uma solução imediata. A educação não pode ser tratada como um problema menor, como uma estatística fria em uma planilha de gestão. Cada aula perdida é um direito negado. Cada silêncio em sala de aula é um grito de socorro ignorado.
É hora de cobrar. É hora de pressionar. E é hora de exigir que o Estado cumpra o seu papel. Educação é prioridade, não favor.
Salitre e perto daqui, quase que compensa trazer os alunos para estudar aqui na cidade.