Economia

Economia brasileira desacelera, mas mantém crescimento moderado em 2025

Inflação alta e juros elevados desafiam o mercado, enquanto governo busca equilíbrio fiscal

A economia brasileira entra em 2025 em um ritmo de desaceleração, mas ainda mantém um crescimento moderado. As projeções mais recentes indicam que o Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer 1,99% neste ano, uma leve redução em relação às previsões anteriores de 2,01%, segundo o Relatório Focus do Banco Central. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) também revisou suas estimativas para o país, reduzindo a previsão de crescimento de 2,3% para 2,1%.

A inflação segue elevada, ainda que com uma leve queda. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve sua projeção ajustada de 5,68% para 5,66%, permanecendo acima da meta do Conselho Monetário Nacional, fixada em 3% com intervalo de tolerância entre 1,5% e 4,5%. Diante desse cenário, o Banco Central elevou a taxa básica de juros (Selic) para 13,25% no início do ano, um aumento de 100 pontos-base. A medida busca conter a inflação, mas também encarece o crédito e pode desacelerar ainda mais a atividade econômica.

Apesar das dificuldades, a economia brasileira apresentou um desempenho positivo no começo do ano. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB, registrou alta de 0,9% em janeiro, sugerindo que a economia ainda tem fôlego para crescer, mesmo sob juros altos e incertezas externas.

A política fiscal continua sendo um dos principais desafios. O governo precisa equilibrar a necessidade de investimentos e gastos sociais com a responsabilidade fiscal, enquanto o mercado avalia os impactos das políticas econômicas no equilíbrio das contas públicas.

No cenário internacional, a desaceleração de grandes economias, como Estados Unidos e China, além de medidas protecionistas adotadas por outros países, pode afetar as exportações brasileiras, ampliando as dificuldades para um crescimento mais robusto.

Diante desse contexto, o Brasil caminha para um ano de crescimento reduzido, mas sem sinais claros de recessão. A inflação, a taxa de juros e a condução da política fiscal serão fatores determinantes para o desempenho econômico nos próximos meses.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
plugins premium WordPress