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Desmotivação e Abandono na Educação: Desafios e Experiências dos Professores

O amor à profissão já não é suficiente para manter milhares de professores na educação pública básica.

Entre 2012 e 2022,  profissionais abandonaram a carreira na rede estadual, refletindo um cenário nacional de desistências. Este artigo explora os motivos por trás dessas decisões.

Desafios Estruturais e Desistências:

1. Salário Baixo (77%): A pesquisa “Futuro da Docência” destaca o salário como o principal motivo para a desistência, representando 77% das respostas.

2. Questões Psicológicas (75%): O desgaste emocional é evidente, com 75% dos entrevistados mencionando questões psicológicas, como o estresse constante.

3. Inadequação Docente (70%): Profissionais alocados em disciplinas para as quais não foram formados contribuem para a insatisfação, com 70% citando esse problema.

Variação nas Taxas de Desistência:

1. Exonerações (2012-2022): O período registrou milhares de exonerações a pedido dos professores, atingindo o pico em 2018.

2. Abandono da Carreira (2012-2022): Houve milhares casos de abandono, sendo 2012 o ano mais crítico.

3. Reassunções (2021-2022): Em 2022, houve vários casos de reassunção, indicando uma variação de 120% em relação a 202021-

Impacto na Saúde Mental:

1. Licenças Médicas (2012-2022): O número total de licenças concedidas foram enormes, sendo 2012 o ano com o maior registro.

2. Transição para Saúde Mental: Alguns professores, buscaram novos caminhos após enfrentar problemas de saúde mental, indicando um impacto profundo na qualidade de vida.

Violência e Ambiente de Trabalho:

1. Violência nas Comunidades: Professores destacam a exposição à violência em áreas dominadas pelo tráfico, impactando diretamente o ambiente de trabalho.

2. Problemas de Mobilidade: Inadequação nas condições de trabalho levou muitos a abandonar a carreira, buscando oportunidades no exterior.

Perspectivas Futuras e Transições na Carreira:

1. Busca por Alternativas: Professores, como Fernanda Oliveira e Ana Paula Pires, compartilham suas transições de carreira, buscando novas oportunidades fora da rede estadual.

2. Desafios Financeiros:

A remuneração precária é apontada como um dos principais fatores para a desistência.

A rede estadual de ensino tornou-se um “espaço de passagem” para muitos educadores, impactando negativamente na qualidade da educação.

Este cenário complexo exige uma reflexão profunda sobre as condições de trabalho, remuneração e suporte psicológico oferecido aos professores, visando reverter o atual quadro de desistências e promover um ambiente mais saudável para a educação pública.

A Luta Contra o Burnout: Desafios e Estratégias para a Saúde Mental no Ambiente de Trabalho

No cenário atual, o impacto do Burnout, reconhecido como uma séria questão de saúde, transcende barreiras nacionais. Embora a Organização Mundial da Saúde (OMS) tenha oficialmente codificado a Síndrome de Burnout na CID-11 apenas em 2022, o Brasil já adotou medidas desde 1999. A Portaria/MS n.1.339/1999 inclui o código Z73.0 da CID-10, estabelecendo uma base legal que impõe responsabilidade objetiva aos empregadores.

Destaca a importância de abordagens práticas para prevenir a sobrecarga que leva ao Burnout e enfatiza que o tratamento não se limita à esfera individual, mas requer alterações na organização e nas condições de trabalho que apresentam riscos psicossociais.

A complexidade do tratamento, que envolve psicoterapia, intervenções psicossociais e, em alguns casos, tratamento farmacológico. A intensidade da prescrição varia conforme a gravidade e a especificidade de cada caso. A prevenção é a chave, e isso implica não apenas na conscientização individual, mas na mudança estrutural dis ambientes de trabalho.

As jornadas de trabalho prolongadas, associadas à redução na produtividade e a um aumento nos afastamentos.

Um ambiente tóxico, desprovido de equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, agrava o problema. É de grande importância reconhecer os sinais de alerta, incentivando uma abordagem mais equilibrada para preservar a saúde mental a longo prazo.

Em meio aos desafios a mensagem ressoa como um chamado à ação, promovendo uma cultura organizacional que valoriza a saúde mental e reconhece o Burnout como um inimigo que exige uma resposta coletiva e proativa.

 

Imagem: Reprodução UFF

 

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