Patrocínio vive uma crise no abastecimento de água, e enquanto muitos bairros estão recebendo a água cheia de barro, o pessoal do Martim Galego – aquele bairro da alta sociedade – não tem com o que se preocupar.
A ordem que veio foi bem clara: servidores do Daepa, retirem os registros de todas as ruas para deixar essa água suja escorrer.
Quando a água estiver limpinha, podem voltar com os registros. Claro, porque água barrenta não combina com o pessoal do alto clero.
Agora, o que chama a atenção é que essa gentileza do Daepa só acontece em um dos bairros mais ricos da cidade, onde uma boa parte dos moradores ocupa cargos importantes no governo.
Coincidência? Difícil acreditar.
Enquanto o resto da cidade se vira com o que tem – água barrenta ou nada –, os amigos do “Coronel” podem contar com um atendimento VIP.
Mais uma vez, a lição é clara: quem tem amigo poderoso, tem prioridade.
O pessoal do Martim Galego mal vê a água suja, enquanto o povo em outros bairros tem que fazer mágica com o barro.
Parece que a regra é simples: se você é do círculo da elite, não precisa se preocupar com os problemas do resto da cidade.
Água barrenta? Só pro povão. Água limpinha? Exclusiva para quem está do “lado certo” do poder.
E assim seguimos em Patrocínio: uns contando as gotas de água limpa, outros nadando no barro.
Mas o importante é que, pelo menos para os amigos do “Coronel”, tudo está sob controle.
Afinal, não dá pra misturar água barrenta com gente tão fina, né?