Em tempos de tecnologia avançada, a cidade de Patrocínio parece estar na Idade do Povo Lascado, e não na Idade da Pedra Lascada e nem no século XXI, na luta contra a crise hídrica.
Com 90% das casas recebendo água barrenta, a situação é desesperadora.
Mas a solução do Departamento de Água e Esgoto de Patrocínio (DAEPA) é um verdadeiro espetáculo de incompetência: uma barragem feita à mão, mais parecida com algo dos tempos das cavernas.
Com a população indignada e o Ministério Público acionado, a Secretaria de Obras e o DAEPA terão que triplicar os seus esforços.
Em uma cena que beira o surreal, mais de 500 caminhões de pedras foram despejados, tentando reforçar uma estrutura antiga.
É como assistir a um episódio de “A Pedra Filosofal”, onde em vez de transformar chumbo em ouro, tentam converter pedras em uma solução para um problema atual e de décadas. Só falta o mago para completar o espetáculo.
Apesar de um orçamento generoso e acesso a tecnologias avançadas, a administração municipal insiste em resolver a crise hídrica com métodos arcaicos e ultrapassados.
Tarifas altas e uma gestão questionável do DAEPA só pioram a situação, criando um exemplo perfeito de como não administrar recursos essenciais.
E para piorar, com a estiagem dos próximos meses, a cidade pode enfrentar uma escassez de água ainda mais severa.
A ironia é gritante: uma cidade com potencial para ser líder em inovação enfrenta sua maior crise de água com uma abordagem digna da Idade do Povo Lascado.
É quase cômico, se não fosse trágico.
Os moradores de Patrocínio merecem mais do que essa farsa medieval; merecem soluções reais para problemas reais.
Chega de barragem com saquinhos de areia e remendos do DAEPA, chega de água barrenta.
É hora de enfrentar o século XXI com a seriedade e o profissionalismo que a crise exige.
Não há mais condições de tomar banho com água marrom e cozinhar com barro.