Avanço da Inteligência Artificial na Previsão de Mortes Levanta Questões Éticas e Oportunidades na Saúde
Um recente estudo da Universidade Técnica da Dinamarca revelou um modelo de inteligência artificial capaz de prever a morte de uma pessoa com 78% de precisão nos próximos quatro anos. O sistema analisa dados como educação, saúde, renda e profissão, além de traçar aspectos da personalidade.
A pesquisadora Sune Lehmann destacou que, cientificamente, o interesse reside nos aspectos dos dados que possibilitam previsões tão precisas. Embora a descoberta ofereça oportunidades na saúde, antecipando tendências a doenças e identificando fatores de risco, ela também levanta questões éticas sobre a capacidade de prever eventos humanos.
“O modelo abre perspectivas positivas e negativas importantes para serem discutidas e abordadas politicamente. Tecnologias semelhantes já são usadas por empresas de tecnologia, rastreando comportamentos nas redes sociais para prever e influenciar o comportamento humano. Essa discussão precisa ser parte da conversa democrática”, enfatiza Sune.
A pesquisa foi publicada na revista científica Nature Computacional Science, destacando a necessidade de um debate amplo sobre as implicações éticas e políticas dessas tecnologias inovadoras.