Desde o início de 2025, os combustíveis vêm registrando aumentos expressivos, impactando o orçamento dos motoristas.
Em janeiro, o preço médio da gasolina subiu para R$ 6,30 por litro, representando um aumento de 0,16%. O etanol, por sua vez, teve um acréscimo ainda maior, chegando a R$ 4,28 por litro, um reajuste de 0,47%. Já o diesel sofreu um novo reajuste no final do mês, com alta de R$ 0,22 por litro, elevando seu valor médio para R$ 3,72 a partir de fevereiro.
O que está por trás dos aumentos?
Diversos fatores explicam a escalada nos preços dos combustíveis. A desvalorização do real frente ao dólar tem encarecido a importação de petróleo e derivados. Além disso, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) decidiu manter cortes na produção global, reduzindo a oferta e pressionando os preços para cima.
No cenário nacional, os custos logísticos e variações na tributação estadual também contribuem para os reajustes. O impacto é sentido principalmente pelos motoristas, que precisam lidar com aumentos constantes sem previsões de alívio no curto prazo.
Postos aplicam aumentos abusivos
Com cada novo reajuste anunciado, alguns postos de combustíveis se aproveitam da situação para elevar os preços de forma antecipada ou desproporcional. Essas práticas abusivas têm sido alvo de fiscalizações de órgãos de defesa do consumidor, que alertam para a importância de denunciar valores excessivos e buscar estabelecimentos que respeitem os reajustes oficiais.
Etanol: ainda vale a pena?
Apesar da alta nos combustíveis, o etanol continua sendo uma opção vantajosa em alguns estados. Para ser financeiramente mais interessante que a gasolina, seu preço deve ser, no máximo, 70% do valor do litro da gasolina. Em locais como São Paulo, Minas Gerais e Goiás, o etanol se mantém competitivo, sendo uma alternativa mais econômica para os motoristas.
Com a previsão de novas oscilações no mercado, a recomendação é que os consumidores acompanhem os preços em sua região, comparem valores entre os postos e, sempre que possível, optem por alternativas mais acessíveis.