Direito do Consumidor

Alta no preço dos ovos pesa no bolso do consumidor e deve se manter até abril

Demanda elevada na Quaresma, menor oferta no início do ano e impacto climático elevam preços da proteína em até 40% no Brasil

O preço dos ovos disparou em diversas regiões do país, atingindo o maior valor da série histórica do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.

Desde janeiro, a proteína já acumula alta de até 40%, conforme apontam dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). A expectativa é que os preços se estabilizem apenas em abril, após o período da Quaresma.

Os reajustes são sentidos em todo o país. Em Santa Maria de Jetibá (ES), um dos principais polos produtores, a caixa com 30 dúzias de ovos brancos chegou a R$ 233,69, enquanto os ovos vermelhos atingiram R$ 263,42.

Já em Bastos (SP), conhecida como a “Capital do Ovo”, a mesma quantidade do produto branco custa R$ 208,97, representando um aumento de 24% em relação ao ano passado.

O aumento ocorre devido à combinação de fatores como menor oferta no início do ano, aumento da demanda e dificuldades na produção.

Em estados como o Rio Grande do Sul, eventos climáticos extremos prejudicaram a logística e reduziram a capacidade produtiva. Além disso, as temperaturas elevadas registradas nas últimas semanas afetaram as granjas, reduzindo a produção e elevando ainda mais os preços.

Com a chegada da Quaresma, período em que o consumo de ovos tradicionalmente cresce, o mercado deve continuar pressionado.

Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o setor espera uma normalização apenas na segunda quinzena de abril, quando a demanda por proteínas tende a se redistribuir.

No cenário internacional, a crise na produção de ovos nos Estados Unidos impulsionou as exportações brasileiras.

A busca por fornecedores alternativos fez com que países do Oriente Médio e da África aumentassem as compras do Brasil.

Apesar disso, as entidades do setor garantem que a oferta interna não será comprometida e que o abastecimento dos supermercados continuará regular.

Takão Engenharia

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