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Cultura

“A Banana de Ouro: Como Uma Fruta Comum se Tornou o Maior Meme do Mercado de Arte”

Quanto você pagaria por uma banana colada na parede? Enquanto no Brasil ela custa R$ 6 o quilo, alguém pagou US$ 6,2 milhões por um exemplar que só precisa de fita adesiva para ser "arte".

O mercado de arte atingiu novos níveis de criatividade – ou deboche, dependendo do ponto de vista.

Desta vez, a estrela foi uma banana colada na parede com fita adesiva, leiloada por absurdos US$ 6,2 milhões (R$ 35,7 milhões).

Criada pelo italiano Maurizio Cattelan, a obra, intitulada “Comedian”, desafia conceitos, irrita críticos e faz a feira parecer um paraíso econômico.

O comprador da peça, Justin Sun, um empresário sino-americano que também navega pelo mundo das criptomoedas, garantiu o título de maior protagonista do surrealismo financeiro.

Para coroar o momento, Sun prometeu realizar uma performance onde ele vai… comer a banana.

Porque se gastar milhões em algo já questionável não foi suficiente, a digestão precisa ser parte do processo artístico.

A fruta original foi comprada por US$ 0,35 (R$ 2) em uma frutaria, e aqui no Brasil o quilo da banana custa cerca de R$ 6 – o suficiente para alimentar uma família inteira, mas aparentemente não para saciar a fome de um mercado que transforma qualquer coisa em um “fenômeno cultural”.

A obra pode ser recriada com outra banana sempre que necessário, desde que a substituição respeite as instruções do manual, porque até o apodrecimento faz parte da “arte”.

Enquanto isso, artistas talentosos continuam tentando vender obras incríveis por preços modestos.

Mas, pelo visto, o segredo não é criar algo único – é colar algo banal e dizer que é genial.

E aí está a grande ironia: em um mundo onde R$ 6 compra um quilo de bananas, apenas alguns podem transformar uma unidade em ouro.

 

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3 Comentários

  1. Isso na verdade é pisar na cabeça da sociedade mundial. O povo sofrendo e fdp desse arremata uma banana por esse preço. Isso é um absurdo uma baita sacanagem com o povo, não vejo nenhum mérito nisso.

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